Prezado internauta, caso a sua pergunta ainda não tenha sido formulada, por favor, formule-a ao final desta página com todos os seus dados para que os Especialistas (Engenheiros que dedicam-se ao desenvolvimento de pneus, rodas, etc., de nossas Associadas) possam respondê-la o mais breve possível.
1.Quando devo substituir os pneus do meu carro?
Quando os mesmos atingirem em algum ponto qualquer da banda de rodagem a profundidade mínima de sulco permitida (1,6mm) TWI por suas siglas em inglês, conforme dispõe a Resolução 558/80 do CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito), ou quando o pneu apresentar algum dano ou deformação que não possa ser reparado e possa representar algum risco na sua utilização.
2.Qual é a diferença de um pneu novo e um pneu reformado?
O pneu reformado consiste no aproveitamento da carcaça de um pneu usado (com a banda de rodagem desgastada), através de um dos seguintes processos de reforma de pneus: recapagem, recauchutagem ou remoldagem.
O pneu pode ser reformado desde que atenda aos critérios técnicos estabelecidos na ALAPA.
Os processos de reforma são classificados de acordo com a parte do pneu a ser reformada:
A) Recapagem: Processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem;
B) Recauchutagem: Processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem e os ombros;
C) Remoldagem: Processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem, ombros e toda a superfície de seus flancos.
Nota: Independente do processo de reforma, o pneu reformado deverá conter as inscrições obrigatórias deste manual e entidades regulatórias do setor.
3.Existem restrições técnicas para uso de pneus reformados em automóveis?
Não, desde que sejam respeitadas as normas de cada país que ditam os cuidados mínimos para a reforma, reparação e identificação dos pneus reformados.
Adicionalmente, recomenda-se sempre consultar o fabricante do respectivo pneu para obter a recomendação quanto às possibilidades de reforma, reparos e seus limites.
(*) Alguns países têm restrições legais para o uso de pneus reformados.
4.Existem restrições para uso de pneus reformados em motocicletas?
Sim. Os pneus destinados ao uso em veículos motorizados dos tipos motocicletas, motonetas, scooters e ciclomotores não são desenvolvidos e fabricados para serem reformados, sob qualquer processo. A reforma desta categoria de pneus põe em risco a segurança do usuário.
Consulte a legislação do seu país; existem países, como por exemplo o Brasil, que proíbem o serviço de reforma, bem como o uso do pneu reformado desta categoria de produtos.
5.Todos os pneus reformados são iguais?
Não. Cada carcaça (pneu menos a banda de rodagem original) tem uma história de uso, como por exemplo, a pressão de inflação com a qual foi usado, a quilometragem rodada antes de atingir o ponto de reforma, que pode variar muito de um tipo de uso para outro, o tipo de veículo e de trajetos percorridos, etc., que vão diferenciar o estado de fadiga de um pneu para outro.
Além disto, os diferentes processos de reforma (recauchutagem, remoldagem ou recapagem) produzem diferentes aspectos no produto final em termos de acabamento.
6.Existe algum processo de reforma mais seguro em relação aos demais?
Não. Todos são seguros desde que respeitadas as normas específicas para a reforma de pneus, tais como a norma NM 225:2000 (Norma Mercosul), também editada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
7.Quantas vezes podemos reformar um pneu de automóvel?
Somente UMA vez, conforme a Norma Mercosul NM 225:2000.
Nota: Recomenda-se sempre consultar o fabricante do respectivo pneu para obter a recomendação quanto as possibilidades de reforma, reparos e seus limites.
8.Um pneu reformado tem a mesma segurança de um pneu novo?
Sim, na condição que sua carcaça tenha sido inspecionada corretamente no momento da aceitação para a reforma, não apresentando quaisquer traços de fadiga excessiva ou danos que impeçam a sua reforma, que além disto ainda não tenha sido reformada uma vez e que o reformador tenha adotado todas as especificações e orientações contidas nas normas específicas para a REFORMA de pneus e conter o “Selo de Identificação de Conformidade” fornecido pelo INMETRO.
9.Quantos quilômetros deve durar um pneu de automóvel?
A durabilidade de um pneu depende de inúmeros fatores, uma vez que o pneu é o único elo de ligação entre o veículo e o solo. Assim, as principais variáveis são:
• As próprias características geométricas originais do veículo;
• O estado de manutenção dos parâmetros de geometria e da suspensão do veículo;
• O tipo de estradas ou pisos (revestimentos), por onde trafega habitualmente (variando a abrasividade);
• O tipo de condução: motoristas mais esportivos lixam seus pneus mais rapidamente que os motoristas mais conservadores;
• A temperatura do piso e do ambiente tem uma influência direta no consumo da borracha;
• A carga e a velocidade habituais também fazem variar a durabilidade dos pneus.
• A manutenção da pressão de inflação do pneu, de acordo com a recomendação do fabricante do veículo.
Deste modo vimos que os pneus sofrem várias influências externas que afetam a sua durabilidade.
Em geral, os fabricantes que oferecem uma garantia mínima de quilometragem o fazem considerando um uso padrão e com uma margem de risco calculada, pois é praticamente impossível prever a durabilidade de um pneu frente a todas as variáveis envolvidas.
10.Pneus importados são melhores que os nacionais?
Conclua você mesmo: Existem pneus e pneus. Marcas e dimensões diferentes. Se comparamos uma mesma dimensão e tipo de pneu de uma mesma MARCA, as diferenças observadas são mínimas.
Os pneus são construídos para responder a solicitações normais de cada mercado. No caso de países como o Brasil ou outros na América do Sul, necessita-se em geral de pneus mais robustos em relação aos da Europa, por exemplo, devido às condições de temperatura e tipos de estradas presentes.
Assim os pneus de diferentes origens podem apresentar pequenas modificações para responder de forma otimizada a cada mercado.
Por exemplo: Pneus feitos para uso no Brasil e Argentina, são desenvolvidos considerando, por exemplo, maior resistência contra impactos e perfurações e maior resistência às temperaturas elevadas do país, se comparado a outros países com temperaturas mais baixas e estradas com melhores condições.
Adicionalmente, a variação de durabilidade de um pneu depende essencialmente das variáveis externas citadas na pergunta 8.
11.Como posso saber a idade de um pneu (tempo decorrido após a sua fabricação)?
Através da gravação do número de série. Este número encontra-se gravado de um lado do pneu, próximo aos talões (região de apoio na roda). Para os pneus de fabricação anterior a 1º de janeiro de 2000 este número é composto por três dígitos e a partir desta data, com quatro dígitos.
Exemplos:
(206 ») – indica que foi fabricado na semana 20 de 1996 (o símbolo ao lado dos números indica a década ímpar (90). Sem o símbolo seria um pneu da década de 80.
(2300) – indica que o pneu foi fabricado na semana 23 do ano 2000. A partir de 2000 já não há mais necessidade do símbolo para representação das décadas ímpares.
12.Os pneus têm prazo de validade?
Os pneus não têm prazo de validade e sim a garantia contratual oferecida pelos fabricantes, que normalmente é de cinco anos a partir da data da nota fiscal de compra do pneu ou da data de compra do veículo novo, para uso automotivo. Na falta do comprovante de compra do pneu, a data que pode ser considerada é a de fabricação do pneu.
É recomendável que qualquer pneu com mais de 5 anos de fabricação seja examinado por um técnico qualificado para determinar se está em condições de continuar rodando.
No entanto, mesmo sem ter prazo de validade, é importante fazer a manutenção adequada – calibrar os pneus semanalmente, realizar o rodízio de pneus, bem como seu alinhamento e balanceamento – e estar atento a sinais de desgaste. Outro fator determinante na durabilidade do pneu é o perfil de direção do motorista. Dirigir de forma agressiva ou em locais com muito trânsito, que requerem frenagens constantes, tende a gastar mais o pneu. A resistência do pneu passa ainda por outros fatores, como as condições mecânicas do veículo, carga sobre o pneu, clima e temperatura ambiente.
Para pneus de outras aplicações deve ser consultado a garantia contratual de cada fabricante, e da mesma forma que o automotivo, é recomendável que qualquer pneu fora da garantia contratual de fabricação seja examinado por um técnico qualificado para determinar se está em condições de continuar rodando ou ser montado.
13.O que é um pneu runflat?
Runflat é a tecnologia que permite que o motorista continue dirigindo mesmo com o pneu furado. Quando um pneu normal fura, todo o ar escapa e, como o ar é que sustenta o pneu, este começa a murchar e a roda entra em contato com a pista, exigindo sua imediata substituição. No caso do “run flat”, estes pneus são capazes de continuar rodando por 80 quilômetros a uma velocidade máxima de 80 km/h. A estrutura da parede lateral é especialmente projetada para suportar o peso do carro, garantindo uma viagem segura até o revendedor de pneus mais próximo.
14.Posso usar pneus de marcas ou modelos diferentes em meu veículo?
Apesar de ser preferível que se utilize sempre pneus de marca e modelo iguais em todas as posições do veículo, é possível utilizar-se pneus de marcas e modelos diferentes, contanto que a regra de montagens iguais no mesmo eixo seja observada: Em um mesmo eixo deve-se sempre utilizar pneus de mesma medida, marca, modelo e condição de desgaste.
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